Tenho grande simpatia por todos os movimentos que denotam o fato de estarmos saindo do nosso eixo. Do que constitui a cartilha do bem-viver. Penso em especial no slow food, mostrando a nossa perda de ritmo natural no ato de comer, apressando o que, pela própria natureza, requer um fluxo diferente. Devagar, nos avisam, e essa é uma evidência de que em algum momento traímos a nossa condição de seres que sabem fazer escolhas sensatas, baseadas no andamento que a biologia nos impõe. Nenhum outro animal, além do homem, tem a necessidade de guias que os reconduza ao que deveria estar impresso no código de sobrevivência. Como dizia, é louvável recordar de nossa precariedade, mas confesso saudade por uma época em que não se faziam necessários tantos manuais de instrução. Não, pelo menos, os que se dedicam a mostrar o que cada um deveria saber por si próprio. Como alimentar-se, andar, respirar.
Opinião
Gilmar Marcílio: manual de instruções
Uma de minhas máximas preferidas continua sendo esta: um pouco de tudo
Gilmar Marcílio
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