Comandante Nádia, vereadora
Em tempos de intolerância, o que observamos é o desrespeito por aqueles que pensam diferente. Vejam o exemplo da placa que nomeia a esquina da Avenida Princesa Isabel com Avenida João Pessoa, destruída diversas vezes por conta do ódio propagado por grupos bárbaros que não aceitam o modelo familiar: pai, mãe e filhos. Quem não tem compreensão para conviver com uma placa que traz os dizeres “Família: pai, mãe e filhos. Um modelo simples e distinto, repetido infinitamente em toda a natureza”, não pode pregar qualquer tipo de condescendência.
A democracia é construída nas diversidades e é inconcebível negar que este é o modelo que transpõe séculos e não vai acabar. Não é um exemplo melhor do que os demais, e sim o modelo convencional, adotado por muitas pessoas. Poderão vir tantos outros tipos de família, os quais deverão ser respeitados por todos.
Quem não reconhece que hoje existe a família pai com pai e mãe com mãe? Reconhecemos e respeitamos. No entanto, esses mesmos grupos de vândalos não lembram de levantar suas bandeiras para as famílias formadas pelos avós, pelos tios, pelos irmãos que se unem em prol do amor de quem ficou sem pai nem mãe.
O que dizer das famílias formadas pelo coração? Que adotam, criam e que na maioria das vezes são esquecidas nas passeatas?
Paradoxalmente, a placa da Família incomoda quem, em países comunistas, certamente seria perseguido por aqueles regimes ditatoriais de esquerda. A família tradicional e conservadora tem todo o direito de se expressar! Isto é democracia. Respeitar a pluralidade inclui não reprimir o comportamento heterossexual, nem proibir qualquer expressão dessa natureza. Não dá para viver em uma sociedade onde a única diversidade é aquela que me agrada.
No mais, existem tantas esquinas em Porto Alegre... Quem tiver interesse, procure um dos 36 vereadores e leve a proposição de um projeto de lei que homenageie os vários outros tipos de família. Mas, neste local, o modelo já foi escolhido pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo prefeito em 2000. É a família original, formada por pai e mãe, que gera outros tipos de família.
Não sou contra nenhum outro modelo, mas para nascerem crianças é necessário homem e mulher. É uma questão biológica, perpassa a lei dos homens.