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Os depoimentos de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, jogam luz sobre um mistério financeiro do governo Bolsonaro.
O fim do sigilo decretado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes traz informações sobre o financiamento das motociatas, mobilizações organizadas pelo então ocupante do cargo.
Segundo Cid, os gastos operacionais foram bancados pelo cartão corporativo atrelado do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Conforme a transcrição da declaração de 28 de agosto de 2023, o ex-ajudante de ordens relata que o então chefe do GSI, Augusto Heleno, teve de “comprar motos similares à do expresidente para poder acompanhá-lo”. E que era preciso “embarcar as motos” (pagar o transporte) até o local dos eventos.
Até agora, eram conhecidos os gastos com segurança – na maior parte, dos Estados onde ocorreram as mobilizações – e com os deslocamentos do próprio Bolsonaro. Caso a declaração seja comprovada, o ex-presidente corre o risco de outro processo, neste caso por crime de responsabilidade.
Leia mais na coluna de Marta Sfredo