
Ainda que a China negue estar negociando com os Estados Unidos, Donald Trump dá sinais de que aceita ceder na guerra comercial e na tentativa de derrubar o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central de lá).
Portanto, o que causava – e ainda causa – tensão no mercado perde força. Com a melhora do ambiente financeiro, aumenta o apetite ao risco. Maior entrada de dólares no Brasil tende a valorizar o real frente à moeda americana, que teve baixa de 0,47%, para R$ 5,692, nesta quinta-feira (24).
É bom lembrar que a incerteza segue, porque não há nada oficial. Conforme o porta-voz porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong, "os Estados Unidos devem responder às vozes racionais da comunidade internacional e dentro de suas próprias fronteiras e remover completamente todas as tarifas unilaterais impostas à China se realmente quiserem resolver o problema".
O país asiático faz questão de avisar que não está em negociações com os Estados Unidos, mas Trump garante que há conversas entre as duas potências globais.
Antes, o presidente americano havia declarado que pretende reduzir "substancialmente" as tarifas, hoje em 145%. A China aplica imposto de importação de 125% a produtos americanos.
Em linha com o maior apetite ao risco, a bolsa brasileira, a B3, teve valorização de 1,79% nesta quarta-feira. O indicar acumula 134.580 pontos, aproximando-se do recorde de 137.343 pontos.
*Colaborou João Pedro Cecchini