A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Depois da enchente de maio, que inundou pomares pelo Estado, agora é o tempo seco que preocupa os produtores gaúchos de noz pecan. Na avaliação do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), a quebra estimada deve ser de 40% nesta safra. Caso a projeção se confirme, a colheita ficará entre 4 e 5 mil toneladas.
Nos pomares do produtor Demian Segatto, localizados em Pantano Grande, no Vale do Rio Pardo, mesmo com irrigação em toda a área, a redução deve seguir a estimativa para o resto do Estado.
— Esperávamos colher 30 toneladas e hoje temos apenas 18 no pomar. Este número ainda pode piorar até a colheita, além de gerar frutas menores do que o normal — afirma Segatto.
Nos meses de janeiro e fevereiro é quando se define o tamanho do fruto.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de pecan do Brasil, sendo responsável por mais de 80% da produção nacional. Também é o Estado que sedia mais de 90% da indústria de beneficiamento, recebendo a produção gaúcha, catarinense e paranaense. A estimativa é de 10,5 mil hectares plantados por pouco mais de 2 mil produtores, a maioria composta por agricultores familiares.