A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
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Com a detecção de um caso de influenza aviária na Argentina, o setor produtivo gaúcho reforça, a partir de agora, uma série de cuidados nos aviários e nas indústrias. Junto a produtores e empresas, a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) alinhou, nesta terça-feira (18), as ações de proteção que serão intensificadas, que vão do manejo sanitário com as aves à circulação de comunicados nas rádios pelo interior do Estado.
José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, frisou à coluna que esses cuidados já são adotados pelo setor produtivo. A diferença, agora, é a sua "intensificação":
— Estamos atentos ao que está acontecendo na Argentina e, por isso, agora reforçamos os cuidados que já vínhamos adotando para continuar mantendo a nossa produção livre do problema.
Entre as ações de proteção que serão intensificadas, enquadradas no que a associação chama de "biossegurança", a Asgav cita a desinfecção de roupas, a disponibilização de um local na entrada da propriedade para banho e troca de roupa dos funcionários e a marcação de zonas de proteção e vigilância nas propriedades e nas empresas. Evitar o contato do plantel de produção com aves silvestres também é essencial.
Santos, da Asgav, também deve solicitar ao governo federal a intensificação da fiscalização nas fronteiras do país.
Mais do que ser um país vizinho, a proximidade da detecção do foco da doença preocupa. A influenza aviária foi identificada em galinhas, patos e perus de quintal na província de Chaco, distante a menos de 700 km de São Borja, na fronteira oeste do Estado.