
Sem explicações detalhadas e convincentes sobre os cortes orçamentários no Fiesporte, entidades têm buscado a Câmara de Caxias para tentar manter as atividades. Nesta terça-feira (1), coube aos vereadores acalmar os ânimos de integrantes da Apafut que compareceram à sessão exigindo um encaminhamento para a situação. A sessão precisou ser interrompida mais de uma vez para que a situação fosse conduzida.
O grupo se manifestou com aplausos, o que inviabilizava o andamento das discussões. Diante do cenário, o vereador Rafael Bueno (PDT) sugeriu um convite ao secretário de Finanças, Milton Balbinot, que atendeu ao pedido para explicar a situação.
A presença de Balbinot, contudo, acirrou os ânimos ainda mais. Dos 20 minutos que tinha à disposição, o secretário utilizou apenas três. A fala não convenceu nem manifestantes, nem vereadores, e Balbinot foi embora sem aguardar eventuais perguntas.
A cena gerou reclamações até mesmo dos líderes de governo, Daniel Santos (Republicanos) e Wagner Petrini (PSB). Tanto vereadores da base quanto da oposição sugeriram votar um decreto legislativo para suspender o corte no Fiesporte.
— Não foi aquilo que nós esperávamos. Nenhum de nós esperávamos — disse Santos a respeito da manifestação do secretário.
Bueno foi além:
— Vou pedir que ele saia desse governo para o Adiló não passar mais vergonha — afirmou.
A sessão só foi retomada depois de uma reunião dos vereadores e o alinhamento junto aos manifestantes de que uma reunião pública será realizada no dia 9 de abril, às 14h, no plenário da Câmara.
Prioridades
Diante das justificativas da administração de que é preciso equilibrar as contas — e por isso o corte de gastos — ganham força questionamentos a respeito do recebimento da locomotiva para exposição na Estação Férrea.
A oposição já havia feito críticas na última semana, com a aprovação do projeto que destina até R$ 500 mil para cobrir eventuais danos na Ulbra pela retirada da máquina a vapor. Nesta terça-feira, o assunto voltou à tona diante da questão do Fiesporte.