Escrevo embaçado de lágrimas, sentindo no peito aquele buraco de dor de quando perdemos alguém muito próximo. Pois não morreu somente uma das maiores cantoras do Brasil. Quem partiu foi ela, Gal, a minha Gal, a número um para mim desde a infância. Morreu não apenas a artista cuja trajetória se fundiu com os movimentos e experimentações da cultura brasileira por mais de 50 anos, mas a responsável pela trilha sonora de grande parte da minha vida. Eu devia aqui assumir o distanciamento jornalístico para louvar essa estrela de máxima grandeza de nossa música, mas estou por demais envolvido afetivamente com ela para manter-me frio. Tudo dói, Gal. E só consigo escrever assim, como quem falasse contigo na intimidade que criei como devotado fã.
Despedida
Opinião
Adeus à mãe de todas as vozes
E agora, Gal? Como ficamos sem ti?
Nivaldo Pereira
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