Por Marcio Wally, diretor comercial da Yara para a Região Sul
A inovação conduziu o agronegócio do Rio Grande do Sul ao patamar de referência em modernidade. A atividade, que representa 40% do PIB do Estado, contudo, passou a ter um novo atributo: a resiliência. Ondas de calor e a falta ou excesso de chuva se colocam como grande desafio para os cultivos.
Após sofrer com as enchentes de maio, o produtor, que se recupera das perdas da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, agora se vê em alerta em função da estiagem. Em algumas regiões, o início do ano foi marcado pela ausência de chuva, trazendo prejuízos para a lavoura. O Estado é um dos maiores produtores de alimentos do Brasil, com destaque para arroz, feijão, soja e milho.
É na busca por maior eficiência e sustentabilidade que a aplicação de fertilizantes de matriz orgânica ganha espaço
O clima é crucial para o campo. Com cenários climáticos extremos, o produtor lida com dificuldades, sobretudo em como se planejar para manter o nível da produtividade. Essa adaptação requer a adoção de práticas que proporcionem a recuperação e a conservação do solo, além de plantas mais resilientes e resistentes às variações climáticas. E é na busca por maior eficiência e sustentabilidade que a aplicação de fertilizantes de matriz orgânica ganha espaço.
Além dos efeitos no sistema radicular, no crescimento vegetativo, na floração, no enchimento do fruto e do grão, o principal benefício é conter e superar condições de estresse abiótico, da geada ao calor, do excesso de chuva à seca. Na prática, esse insumo atua no metabolismo da planta, promovendo melhor absorção e aproveitamento dos recursos do solo, o que traz mais resistência ao cultivo e influi na produtividade da lavoura. Esse resultado, porém, deve estar atrelado a um bom equilíbrio nutricional, que garanta uma ação preventiva na recuperação do estresse e ainda aja como um estimulante à planta.
Chuva, estiagem ou ondas de calor não são mais novidades para o produtor. A solução demanda ações de toda cadeia produtiva. Cabe a nós, indústria, redes de distribuição e sociedade, apoiarmos o produtor para que o agronegócio do Rio Grande do Sul siga prosperando e sendo modelo de agricultura moderna.