O ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, denunciou atos que poderiam ser considerados "limpeza étnica" e "crimes contra a humanidade" na região de Darfur, no oeste do Sudão, um país em guerra há mais de dois anos.
O Sudão é palco de um conflito entre as forças do chefe do Exército, Abdel Fattah al-Burhan, e as de seu vice, Mohamed Hamdan Daglo, que lidera as Forças de Apoio Rápido (FAR) paramilitares.
Lammy pediu ao exército e às FAR "uma desescalada urgente" e disse em um comunicado, divulgado na quinta-feira à noite, que o Reino Unido continuaria "usando todas as ferramentas disponíveis para responsabilizar os autores das atrocidades".
Os paramilitares das FAR, que se opõem ao Exército regular, sitiam a cidade de El Fasher, em Darfur, há quase um ano, sobre a qual lançaram uma ofensiva mortal no domingo.
Mais de 30 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no ataque paramilitar, informou um comitê de resistência local na segunda-feira.
"Não há exceções às leis da guerra. As FAR têm a responsabilidade de proteger os civis, e ambos os lados devem garantir a livre circulação de ajuda, de trabalhadores humanitários e civis", escreveu o chanceler britânico na rede X.
O conflito deixou dezenas de milhares de mortos e mais de 13 milhões de deslocados e refugiados, mergulhando o país de 50 milhões de pessoas em uma crise humanitária, de acordo com a ONU.
Sucessão no Vaticano
* AFP