Quando entra em sua oficina no bairro Jardim Algarve, em Alvorada, Paulo Tiago Lopes, 42 anos, sente o tempo parar. Os sambas tocados em uma pequena caixa de som misturam-se ao barulho de serras e lixas, e os dias se iniciam e chegam ao fim em ritmo compassado. A correria fica do lado de fora, pois o que ocorre ali não combina em nada com a pressa: são cerca de 30 dias de trabalho cadenciado para que, findados todos os processos, o que antes era um pedaço de madeira vire instrumento musical.
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