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O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Marlene Gressler Bernardi, esposa do presidente de honra do Progressistas gaúcho, Celso Bernardi, morreu nesta segunda-feira (17) aos 81 anos. Internada desde o final de 2024, mas cuidando de problemas de saúde no hospital há pelo menos um ano e meio, Marlene foi acometida por uma doença arterial obstrutiva periférica (bloqueio ou estreitamento de artéria em uma das pernas).
Natural de Ijuí, Marlene dedicou a vida às suas duas paixões: a educação e o marido. Começou a lecionar em Santo Ângelo, onde também foi coordenadora da 24ª região de educação. A vinda para Porto Alegre foi para acompanhar Celso, que começava a alçar voos maiores na carreira política. Na Capital, foi assessora do Conselho Estadual de Educação.
Marlene era descrita como uma mulher muito culta, que tinha o hábito de consumir livros e filmes. Com intuição política muito forte, era a ela que Celso recorria quando precisava de um conselho. A esposa acompanhou o político em todas as suas empreitadas, se mudando para Porto Alegre quando ele se elegeu deputado estadual, para Brasília quando assumiu cadeira na Câmara dos Deputados, e também orientando Celso Bernardi durante suas duas campanhas para governador do RS, em 1994 e 2002.
Juntos há pelo menos seis décadas, o casal ainda morava no mesmo endereço, em frente ao Parcão, desde a primeira vez que deixaram o Noroeste gaúcho rumo à Capital. Nos seus últimos dias, Marlene estava acompanhando a reprise da novela Tieta, na Rede Globo.
Ainda abalado com a notícia, Celso diz que vai sentir falta das conversas com a esposa, com quem discutia sobre política e cinema. Os dois viviam a expectativa pela cerimônia do Oscar em 2 de março, um evento que anualmente se tornava assunto de predileção do casal, e que pela primeira vez não irão assistir juntos.
Marlene será cremada nesta terça-feira (18), no Crematório Metropolitano, em Porto Alegre. A cerimônia de despedida será realizada entre as 9h e as 12h. Além do marido Celso Bernardi, ela deixa os filhos Fábio e Carina, os netos Vitória, Nina e Santiago, e a mãe, Íris, de 101 anos.
Em nota, o Progressistas do RS lamentou a morte de Marlene, destacando sua trajetória dedicada à educação, à família e à comunidade.