A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Os portões para a 46ª Expointer ainda nem abriram e cerca de 5 mil pessoas já estão circulando no parque Assis Brasil, em Esteio. São trabalhadores, que, na prática, ajudam a colocar a feira de pé todos os anos, entre agosto e setembro, no Estado.
Há três anos “capataz do parque”, como é conhecido pelos colegas, Edimar Guzzo é um deles. Técnico agrícola concursado pelo Estado, Guzzo é responsável pela infraestrutura do local, desde a parte elétrica até a hidráulica, e pela sua manutenção, como a limpeza das ruas, por exemplo. Nessa área, coordena uma equipe de 30 pessoas e mais 17 técnicos agrícolas, que vêm “emprestados” do interior do Estado 30 dias antes do evento começar para ajudar na preparação.
— O parque funciona o ano inteiro, mas é em época de feira que surgem as maiores demandas. E é aí que entramos com o nosso trabalho, para deixar tudo em dia — explica Guzzo.
A oito dias do início da feira, ainda falta acertar detalhes nos pavilhões do gado leiteiro e do gado de corte, de acordo com o comissário-geral da Exposição de Animais da Expointer, Pablo Charão. “Colocar a cama” (palha e casca de arroz para os animais deitarem em cima) é um deles.
— Esse trabalho termina até o domingo, para recepcionar os animais na segunda-feira, a partir das 8h — afirma Charão.
Mas o de Guzzo e da sua equipe não para por aí. Eles estarão no evento para apoiar qualquer demanda de infraestrutura do parque. A subsecretária Elizabeth Cirne Lima estima que 30 mil pessoas trabalhem durante os nove dias de Expointer neste ano.
— São os anônimos, as pessoas que muitas vezes não aparecem. Mas, na verdade, são pessoas fundamentais, que, sem elas, não aconteceria — afirma o diretor de eventos do parque, Carlos Eduardo Douglas Santana.
Até quinta-feira (17), 85% das estruturas gerais da Expointer estavam com obras em andamento, segundo Santana. Faltam pequenos comércios, que ainda não foram instalados. No total, em infraestrutura do parque, foram gastos mais de R$ 2 milhões, contando com o investimento em acessibilidade.