Há exatos cem anos, em uma cama do sanatório de Kierling, perto de Viena, Franz Kafka despertava para uma intranquila posteridade. Dizer que um escritor insatisfeito consigo mesmo em todas as dimensões possíveis da existência não imaginava o significado que sua obra teria para os leitores do futuro é um eufemismo. Kafka, a lenda literária, o gênio comparado a Dante e Shakespeare, o autor que parece ter capturado a essência de sua época melhor do que qualquer outro, o nome que virou um adjetivo e depois um clichê, talvez não coubesse na imaginação nem mesmo do próprio Kafka.
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Dizer que um escritor insatisfeito consigo mesmo em todas as dimensões possíveis da existência não imaginava o significado que sua obra teria para os leitores do futuro é um eufemismo
Cláudia Laitano
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