Graziano Messina, um dos criminosos mais conhecidos da Itália, morreu neste sábado (12), aos 83 anos, de um câncer, um dia após ser libertado por motivos de saúde, informou a imprensa italiana.
Desde 2021, ele cumpria uma pena de 24 anos por tráfico de drogas em uma prisão em Milão (norte). Gravemente doente, ele foi transferido para um hospital da cidade, onde morreu no dia seguinte à sua chegada.
Penúltimo de uma família de 11 filhos, filho de um pastor sardo, ele era conhecido por suas inúmeras fugas e escapadas espetaculares de várias prisões e delegacias de polícia.
Segundo o site do jornal La Repubblica, Messina conseguiu escapar 10 vezes em 22 tentativas de fuga de prisões de alta segurança.
Depois de passar mais de 40 anos na prisão por tentativa de homicídio e sequestro, ele foi notícia em diversas manchetes na Itália.
Em uma ocasião, ele pulou de um trem durante uma baldeação e, em outra ocasião, se disfarçou de padre para fugir, de acordo com relatos da mídia.
Em 1970, ainda segundo a imprensa, ele assistiu a uma partida de futebol de seu time, o Cagliari, vestido de mulher.
Mais tarde, com o status de "arrependido", ele desempenhou um papel fundamental na libertação de um menino sequestrado em Sardenha, Faruk Kasam, o que levou o presidente italiano da época a lhe conceder um indulto.
Trabalhou como guia turístico por um tempo, mas em 2013 foi preso novamente por criar uma rede internacional de tráfico de drogas, o que levou à revogação de seu indulto.
* AFP