
A chuva da tarde desta segunda-feira (31) foi forte e a ventania, de fato, extraordinária. Confesso que, mesmo sabendo dos novos desafios criados a cada evento climático, me angustia a falta de respostas sobre o futuro. Se o Guaíba chegar à cota de inundação, e escrevo isso batendo três vezes na madeira, o que acontecerá? Infelizmente o mesmo que vimos em 2024, com prejuízos enormes ao Rio Grande do Sul. Isso porque as obras são demoradas, complexas e caras. Mas há coisas simples que já deveriam ter sido feitas.
Porto Alegre ainda não limpou 100% dos bueiros de áreas afetadas pela enchente de maio, o que deve acontecer somente ao longo desse mês de abril, que começa agora. O diretor-geral do Dmae, Bruno Vanuzzi, disse hoje no Gaúcha Atualidade que a cidade é muito grande, por isso demora mesmo, mas garante que em pontos mais críticos a limpeza acontece diversas vezes no mês. (Veja a entrevista abaixo).
A chuva também surpreendeu pelo número de galhos e árvores nas ruas, obstruindo as bocas de lobo. Mais uma vez, sim, fomos surpreendidos. Governos estadual e municipal tinham um evento ao ar livre no momento do temporal, como prova de que ninguém, de novo, previu o que estava por vir.
Por fim, não tem como aguentar a falta de previsão da Equatorial, que a cada temporal diz que o evento foi extremo e que não pode dar sequer previsão de retorno da energia, mas que as equipes trabalham incansavelmente.
Na próxima chuva estaremos falando das mesmas coisas.