Um pescador encontrou, na manhã desta quinta-feira (30), um corpo com marcas de tiros e as mãos amarradas no distrito de Santa Cristina do Pinhal, no interior de Parobé, no Vale do Paranhana.
Segundo a Polícia Civil, o cadáver é de um homem de 32 anos, sequestrado no último domingo (26), em Taquara, também no Vale do Paranhana. O nome dele não foi divulgado.
A família reconheceu o corpo no Instituto Médico Legal (IML) por meio de tatuagens, mas a identidade oficial ainda será confirmada por laudo pericial.
A polícia diz que há fortes indícios de que o homem tinha envolvimento com o tráfico de drogas e a principal hipótese é de que o crime tenha sido cometido por conflitos relacionados à uma organização criminosa.
Uma testemunha relatou à polícia que o homem que teria sido sequestrado já havia comentado que precisava fugir e evitar ficar em casa.
A investigação segue em andamento para identificar os responsáveis pelo crime.
Sequestro de idoso e seu filho
A investigação começou no domingo, quando um idoso de 66 anos foi encontrado por um morador de Santa Cristina do Pinhal com as mãos amarradas. Em depoimento à polícia, ele relatou que foi sequestrado na RS-020, próximo à rodoviária de Taquara, por dois indivíduos armados, vestidos com fardas do exército e toucas-ninja.
De acordo com o idoso, os sequestradores o colocaram em um veículo Jeep Renegade preto e o levaram até o distrito de Santa Cristina do Pinhal, ainda em Parobé. Ele diz ter sido agredido com tapas e chutes, e que os supostos sequestradores teriam pedido que ele informasse onde seu filho de 32 anos morava. Sob ameaça, ele acabou fornecendo o endereço.
Na sequência, ainda segundo o depoimento, outros criminosos em um carro prata foram até o local indicado e sequestraram também o filho do idoso, que também foi levado à Santa Cristina do Pinhal.
Na sequência, o idoso conta que os criminosos teriam pedido para ele sair do carro e caminhar sem olhar para trás. Enquanto obedecia à ordem, ele relata ter ouvido um tiro e logo depois visto o Jeep Renegade preto deixando o local em alta velocidade. Após isso, conseguiu pedir ajuda a um morador.
*Produção: Camila Mendes