Um estudo publicado no Jornal de Medicina da Inglaterra, feito por cientistas do Instituto do Câncer Dana-Farber, do Hospital Feminino Brigham e da Escola de Saúde Pública de Harvard, concluiu que pessoas que comem cerca de 30g de nozes por dia têm 20% menos chances de morrer, independente da causa, por um período de 30 anos.
Segundo Charles S. Fuchs, diretor do Centro de Câncer Gastrointestinal do Dana-Farber e autor do relatório, alguns efeitos bastante expressivos foram a redução de 29% no risco de morte por doenças cardíacas e diminuição de 11% no risco de morte por câncer. Além disso, os pesquisadores também concluíram que aqueles que comiam as oleaginosas regularmente também eram mais magros do que aqueles que não consumiam.
Para a pesquisa, os cientistas cruzaram os dados de dois estudos observacionais bem conhecidos, que coletaram informações sobre dieta e estilo de vida. Um deles, o The Nurses' Health Study disponibilizou dados de mais de 76 mil mulheres entre 1980 e 2012, e o outro, o Health Professionals' Follow-up Study colaborou com informações de mais de 42 mil homens desde 1986 até 2010.
Os participantes preencheram questionários detalhados sobre alimentação a cada dois ou quatro anos. Em cada um dos relatórios, eles tinham que responder com qual frequência consumiam uma porção de 30g de nozes, o que corresponde, aproximadamente, a um pequeno pacote de amendoins.
De acordo com Ying Bao, primeiro autor do estudo, do Hospital Feminino Brigham, quanto mais nozes as pessoas comiam, menos chances elas tinham de morrer no período de 30 anos. Os resultados foram os seguintes: aqueles que consumiam menos de uma vez por semana tinham uma redução de 7% da mortalidade; uma vez por semana, 11%; duas a quatro vezes por semana, 13%; cinco a seis vezes por semana, 15%; e sete ou mais vezes por semana, 20%.
Métodos de análise também foram utilizados para descartar fatores que poderiam influir na mortalidade. Por exemplo, no estudo, foi constatado que pessoas que comiam mais nozes eram menos propensos a fumar, praticavam mais exercícios físicos e utilizavam mais suplementos vitamínicos, comiam mais legumes e frutas e bebiam mais álcool. Porém, para evitar que isso modificasso os resultados, eles isolaram a associação entre o alimento e esses fatores.
Entretanto, os pesquisadores não conseguiram determinar se somente a noz foi crucial para esse efeito, já que a redução na mortalidade foi similar também em amendoins, avelãs, amêndoas, castanha do Brasil, castanha de caju, macadâmias, pistache e pinhões.
Confira outros estudos
Estudos anteriores já haviam encontrado uma associação entre o consumo de nozes e a diminuição no risco de doenças do coração, diabetes tipo 2, câncer de cólon, cálculos biliares e diverticulite. As oleaginosas também foram relacionadas com a redução dos níveis de colesterol, estresse, inflamação, adiposidade e resistência a insulina.
A Food and Drug Administration, por exemplo, concluiu, em 2003, que a ingestão de 40g por dia de nozes pode reduzir o risco de doença cardíaca.
Boa notícia!
Consumir nozes diariamente reduz 29% o risco de morte por doença cardíaca
Segundo estudo, comer nozes sete ou mais vezes por semana diminui em 20% as chances de morrer por um período de 30 anos
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