O meu primeiro ato revolucionário enquanto adolescente rebelde foi decidir furar a orelha. Em meados dos anos 2000, isso era tão excêntrico quanto nunca ter ouvido falar nos Beatles ou no Ronaldo Fenômeno. À minha volta, os olhares maldosos denunciavam o julgamento logo que apareci com uma pedrinha de brilhante na orelha direita, um verdadeiro absurdo que descobri ser capaz de atingir qualquer um. Foi como dizer um punhado de palavras ofensivas sem nem abrir a boca, o bastante para que eu suspendesse a iniciativa algumas semanas depois.
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Opinião
Homens de brinco e unha pintada
O preconceito de fato mora na falta de informação
Pedro Guerra
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