Neste começo de um novo ano no calendário civil, cinco astros transitam no terrestre signo de Capricórnio: Sol, Mercúrio, Júpiter, Saturno e Plutão. Isso antecipa a tônica realista que será reafirmada no início oficial do ano astrológico, dia 20 de março, quando quatro planetas estarão no signo da cabra, como já comentado anteriormente. Tal ênfase capricorniana faz de 2020 um ano de avaliações e cobranças, premiações ou punições, sob o foco do regente Saturno, o deus do tempo, dado a entregar a todos as devidas faturas das ações pregressas. O efeito dessa energia corretiva é amplo e coletivo. Mas, e individualmente? Como isso nos afetará?
Podemos analisar o impacto dessa forte vibração capricorniana sobre os demais signos a partir das relações angulares na roda zodiacal. No entanto, vale lembrar que temos todos os 12 signos em nosso mapa astrológico. Nele, qualquer planeta situado nos decanatos citados a seguir pode oferecer o tema para as devidas transformações. Signo das estruturas, Capricórnio rege os joelhos em nosso corpo, e sua ênfase no ano já sugere um exame do que provoca rigidez de movimentos. A arte da flexibilidade e de ajustar-se a novas situações será muito requisitada nos próximos tempos.
Logicamente, os nascidos em Capricórnio viverão mais de perto os ajustes previstos para 2020, principalmente os do último decanato do signo (entre 10 e 20 de janeiro), região do céu onde os planetas estarão agrupados. As alterações podem envolver a identidade profissional, que será desafiada – conter ou crescer? Por angulação, os desafios e o enfrentamento de limites vão abarcar também quem nasceu no terceiro decanato de Áries, Câncer e Libra. Todos são signos de começo de estação, agora convocados a ajustar os rumos de suas escolhas e direções, com novas responsabilidades ou novas oportunidades, vitórias ou rupturas, a depender dos históricos envolvidos.
No zodíaco, Capricórnio se opõe a Câncer, signo de água associado à nutrição emocional e à vida interior. Como o excesso capricorniano já em voga tende a desvalorizar a subjetividade e as carências mais sutis, em nome do controle externo e da produtividade mundana, o resultado tem sido uma epidemia de angústia e depressão. Em nosso tempo, até mesmo o íntimo e familiar ritual da comida (Câncer) virou tema de competição e mero negócio em incontáveis programas de televisão. Saturno, regente de Capricórnio e associado à correção de extremos, pode forçar um resgate do que nos nutre. Precisamos de mais proximidade e calor, de mais afeto e atenção – enfim, mais “ser” e menos “ter”.
Capricórnio pertence ao elemento terra, reforçado em 2020 também pela passagem de Urano por Touro. Por sua natural valorização da experiência, os signos terrestres (Touro, Virgem e Capricórnio) podem lidar melhor com os desafios e cobranças do ano. Os nascidos no primeiro decanato destes signos podem, inclusive, se beneficiar dos impulsos de renovação e atualização de Urano e encontrar saídas alternativas diante de eventuais crises. A necessidade uraniana de mudanças, liberdade e criatividade pode tocar mais fortemente quem nasceu no primeiro decanato de Touro, Leão, Escorpião e Aquário.
Para todo mundo, o destaque na terra traz à cena o mundo material: finanças, trabalho, realização profissional e saúde, entre outros temas. Adotar atitudes mais prudentes é uma boa medida. Não é tempo de desperdícios em nenhum nível. Aliás, viver com menos e com mais qualidade será uma necessária prova de sensatez.