Um dos temas mais sensíveis para se analisar diz respeito às múltiplas maneiras como as pessoas estão se relacionando hoje, afetiva e sexualmente. Não reinventamos a roda, porém. Os seres humanos, instintivamente curiosos, experimentaram inúmeras formas de se conectar ao outro. A diferença é que, abafados pela rigidez das sociedades gerenciadas por códigos morais restritivos, experimentavam em segredo o que agora se faz em praça pública. A história confirma. Faz parte da evolução o desejo de transgredir os códigos ditados pelos grupos a que pertencemos. Afinal, o Marquês de Sade, com suas obras consideradas imorais, foi um realista. Para os de alma ortodoxa, submeter-se, em restrita obediência, ao catecismo religioso é natural. O resultado é que a repressão acabou gerando uma gama de desvios comportamentais. Proíba e você instigará imediatamente a fome de experimentar. Estamos condicionados a burlar as interdições. Pesquisas recentes mostram: a maioria dos adolescentes nem está aí para o pensamento dos professores ou dos pais sobre a questão. Eles vão lá e “praticam” do seu jeito. Apreciando, repetem. Ou partem em busca de novas sensações. Sinceramente, não sei se estão tão equivocados. Contenhamos as críticas.
Amor e sexo
Notícia
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Gilmar Marcílio
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