A lei não retroage, mas a esperteza tem efeito retroativo e pode livrar da responsabilidade parlamentares que fizeram uso de recursos não contabilizados em campanhas eleitorais. É o que vêm tentando integrantes da comissão da reforma política, que querem submeter ao plenário da Câmara uma proposta que criminaliza o caixa 2, mas deixa margem para anistiar o uso de contribuições não declaradas à Justiça Eleitoral em eleições recentes. Esse é o momento de a sociedade se mostrar vigilante, antes que uma pretensa tentativa de moralização acabe se prestando para preservar quem se valeu de meios ilegais para financiar campanhas.
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