Na esteira da reforma do Ensino Médio, lançada com objetivo de, principalmente, combater a evasão e melhorar a qualidade da educação nessa etapa escolar, o governo federal apostou no incentivo a escolas de tempo integral. Prometeu recursos, pediu aos Estados que apontassem quais escolas públicas poderiam dar início ao ensino integral, afirmou que garantiria incentivos para que tudo se tornasse realidade. Dois anos depois, o número de matrículas na modalidade de fato teve um impacto: na soma das redes estaduais, aumentou 20% de 2017 para 2018. Apesar disso, três Estados registraram queda na quantidade de estudantes matriculados em tempo integral no Ensino Médio: Bahia, Rondônia e Rio Grande do Sul. E a maior diminuição foi no Estado gaúcho, havia 6.985 alunos em 2017, e o total caiu para 4.999 no ano passado — uma variação de 28,43%. Os dados fazem parte do Censo Escolar, que teve sua mais recente edição divulgada na semana passada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC).
Rede estadual
RS tem a maior queda em matrículas em tempo integral no Ensino Médio do país
Enquanto jornada ampliada cresce no Brasil, com incentivos a escolas públicas nessa modalidade, Estado vê número de matrículas diminuir 28,43%, como mostra o Censo Escolar 2018
Guilherme Justino
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