
Você sabia que o número de investidores em renda variável já subiu mais de 96% desde 2020? O comportamento destacado pela B3 demonstrou a abertura do mercado para às novas formas de rentabilizar investimentos — como é o caso do aluguel de ações, que permite que os investidores lucrem com seus ativos sem precisar vendê-los. O interesse por esse serviço de custódia remunerada tem crescido por conta da falta de riscos ou perdas que o modelo apresenta, já que a Bolsa de Valores (B3) estabelece um sistema que assegura que todos os compromissos sejam honrados.
Leia a matéria completa para entender mais sobre como funciona este tipo de investimento, quem pode se beneficiar dessa prática e quais são os riscos envolvidos.
O que é o aluguel de ações?
Também conhecido como “empréstimo de ativos”, esse serviço permite que investidores possam alugar seus investimentos (ações, Units, Fiagro, ETFs, BDRs etc) para um segundo investidor em troca de uma remuneração. Ou seja, é como se o investidor virasse um “locador” de seus ativos — ele continua sendo o proprietário das ações, mas as disponibiliza por um período para que outra pessoa possa utilizá-las em estratégias específicas.
O principal atrativo desse modelo é que o investidor consegue rentabilizar sua carteira mesmo sem vender os ativos. Além disso, durante o período em que as ações estão alugadas, o dono continua tendo direito a dividendos, juros sobre capital próprio e outros proventos. Tudo isso ocorre em um sistema regulado e seguro, com a intermediação da corretora e o registro na B3, o que oferece mais confiança à operação.
Como funciona o processo?
Na prática, o aluguel de ações é intermediado por uma instituição financeira autorizada — como uma corretora de valores — e registrado diretamente na B3, o que garante segurança jurídica e operacional para quem empresta e para quem toma emprestado.
Dessa forma, o investidor que possui ações em carteira (e que normalmente as manteria guardadas por um longo período) pode disponibilizá-las para aluguel por meio da sua corretora. Do outro lado, outro investidor — geralmente um operador que deseja fazer uma estratégia de curto prazo, como o “short” (venda de ações apostando na queda do papel) — toma essas ações emprestadas e paga uma taxa combinada ao dono original.
A remuneração costuma ser acordada entre as partes, mas, em geral, segue a dinâmica da oferta e da demanda: papéis mais procurados podem gerar uma taxa de aluguel mais alta, o que representa uma fonte de rendimento interessante para o investidor.
Além disso, é importante mencionar que o doador conta com o serviço de custódia remunerada de forma totalmente gratuita ao realizar a transação pela Warren.
Quem pode se beneficiar com isso?
Tanto quem empresta quanto quem toma emprestado pode se beneficiar deste modelo, desde que entenda bem os mecanismos envolvidos.
- Para quem doa (empresta): é uma forma de monetizar ativos que ficariam “parados” na carteira. O investidor continua sendo o dono dos papéis e recebe uma taxa pelo empréstimo. Além disso, não perde dividendos nem direito a subscrição (esses benefícios continuam com o titular).
- Para o tomador (usando o empréstimo): geralmente são investidores com perfil mais arrojado, que utilizam estratégias de curto prazo, como o short selling (que em tradução para o português significa “venda a descoberto”, uma estratégia que consiste em vender um ativo com a expectativa de que o seu preço caia para, futuramente, comprá-las de volta por um preço menor), para tentar lucrar com a queda das ações.
Para quem possui uma carteira diversificada e de longo prazo, o aluguel de ações pode representar uma estratégia complementar para gerar renda extra com ativos que já seriam mantidos por bastante tempo. Como qualquer operação no mercado financeiro, o ideal é estudar o funcionamento, avaliar o perfil de risco e, sempre que possível, contar com o suporte de uma corretora confiável.