No instante em que escrevo esta crônica, volta a chover. Estou no décimo andar de um prédio em Porto Alegre, em um bairro afastado do lago Guaíba, que a gente chama de rio, e me sinto protegida, parece que nada poderá atingir minha família, a não ser o desabastecimento de água e luz, que não se compara ao que tantas outras famílias perderam. Ainda assim, a segurança é tênue, a consciência dessa tragédia nos encharca também, nós que assistimos o drama pela tevê e redes sociais. A nós, cabe esta lavagem a seco.
Chover no molhado
Opinião
A chuva não pensa. Pensar é tarefa nossa
Parece tão insano. Trata-se de água, nosso bem mais necessário, fecundo, valioso, água que é sinônimo de vida
Martha Medeiros
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