A manhã de sábado (26) foi de movimento grande na beira da praia de Capão da Canoa, no Litoral Norte. Apesar da orla cheia, foi possível manter as orientações de distanciamento entre as pessoas.
Ao contrário da sexta-feira (25), quando o nordestão soprava forte, a manhã deste sábado foi de vento ameno, permitindo que os guarda-sóis se enfileirassem pela faixa de areia. O sol apareceu entre nuvens na maior parte da manhã e os termômetros ficaram na casa dos 24°C.
Com uma série de limitações impostas pela pandemia, os comerciantes dos quiosques da beira mar precisaram se adaptar. Kaio Pereira Machado, que trabalha há 40 anos no mesmo ponto, reduziu o número de mesas na areia, diminuiu a quantidade de garçons e passou a abrir as portas mais tarde.
— Agora, tenho só oito mesas, eu chegava a colocar 15. Tinha cinco garçons, agora, dois. E às 7h abria aqui. Hoje, só posso às 9h e à noite preciso fechar — conta.
Trabalhador da construção civil durante o inverno, Machado diz que o ano foi de muito serviço. Em razão dessa movimentação atípica fora de temporada, ele acredita que o verão será promissor.
— Não está 100%. Se o ano foi bom na construção vai ser bom aqui (na praia) — diz.
Pelas ruas do centro de Capão, normalmente lotadas, o movimento era bastante tranquilo.
A poucos quilômetros dali, em Atlântida, a movimentação também era pequena. Cumprindo o distanciamento com folga, poucos veranistas curtiam a beira da praia.
Depois de pegar uma freeway lotada, Pedro Olicheski e Lucas Maia aproveitavam o dia de frente para o mar. A dupla, que veio passar o final de semana no Litoral, pouco se importava com o ventinho.
— Já peguei piores! — comenta Olicheski.
— Está bom o solzinho para pegar uma vitamina D — completou Maia.
No começo da tarde, o céu ficou mais encoberto, confirmando a previsão de virada no tempo. A sensação de calor, no entanto, permanece.