(O melhor desse texto é o último parágrafo. Se estiver sem tempo ou sem paciência, vá direto para lá).
Napoleon Hill, jornalista e escritor, assessorou dois presidentes dos Estados Unidos: Woodrow Wilson e Franklin Roosevelt. Em 1908, entrevistou Andrew Carnegie, um dos americanos mais ricos daquela época. Desafiado pelo milionário, passou 20 anos investigando os motivos pelos quais alguns vencem e outros fracassam, na vida e nos negócios.
Hill morreu em 1970, mas deixou vários livros, entre eles A Lei do Triunfo e Mais Esperto que o Diabo, escrito em 1938, mas só lançado em 2011. O autor se arrisca a transcrever uma longa conversa com o próprio demônio. Talvez por isso, a obra tenha ficado tanto tempo escondida. Ganhei um exemplar de um amigo na semana passada. Encontrei, no epílogo, depois das repostas de Lúcifer, uma história divina, deliciosa e profunda, dessas que dá vontade de compartilhar com quem a gente gosta.
Uma noite, um velho índio cherokee fala ao neto sobre os desafios da vida. Relata que existe, dentro dele, uma luta entre dois lobos. Um é mau, movido pela raiva, ganância, inveja, arrogância e mentira. O outro lobo é bom: alegria, coragem, paz, bondade, verdade e fé. O menino, olhos atentos, pergunta: "E quem vence?". O velho avô responde: "Aquele que eu alimento".