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O cenário é fundamental para o sucesso das séries policiais nórdicas, como Os Assassinatos de Åre (Åremorden, 2025), que desde sua estreia, na sexta-feira (7), é um dos títulos mais vistos na Netflix.
As condições climáticas e as paisagens geladas são personagens à parte nessas produções da Dinamarca (como O Homem das Castanhas), da Finlândia (Deadwind), da Islândia (Trapped), da Noruega (Borderliner) e da Suécia, de onde vem Os Assassinatos de Åre. A neve tanto funciona como um símbolo de isolamento e opressão quanto sugere que há fatos e sentimentos ocultos.
Os personagens de carne e osso também estão sempre escondidos atrás de casacos, mantas e gorros, o que aumenta a carga de mistério. O frio não freia a violência, e o branco da neve intensifica o vermelho do sangue.
As histórias costumam reunir vários ingredientes apreciados pelos fãs do gênero: crimes bárbaros, pistas intrigantes, personagens ambíguos, múltiplos suspeitos, segredos do passado e policiais com problemas. Não raro, abordam também relações familiares, bastidores políticos e chagas sociais.
Os Assassinatos de Åre tem quase todos esses elementos. Com direção de Alain Darborg e Joakim Eliasson, a minissérie com cinco episódios adapta dois livros da escritora sueca Viveca Sten, ambos ainda inéditos no Brasil e batizados em inglês como Hidden in Snow (escondido na neve) e Hidden in Shadows (escondido nas sombras). Ela já publicou Hidden in Memories (escondido nas memórias), Hidden in Lies (escondido nas mentiras) e Hidden in Mercy (escondido na misericórdia), portanto, novas temporadas podem ser lançadas em um futuro próximo.
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Coadjuvante na série Amor e Anarquia (2020-2022), a atriz Carla Sehn interpreta a protagonista, a carismática detetive Hanna Ahlander. Por causa de uma turbulência na sua vida pessoal, a policial teve de deixar Estocolmo, a capital da Suécia, para férias forçadas em Åre, uma pequena localidade turística (consta que tem 3,7 mil habitantes) famosa pela prática do esqui alpino.
Quando um cadáver é encontrado em um teleférico, o descanso compulsório se transforma em trabalho intenso. Atenta a detalhes, característica que convida o público a participar junto das investigações, Hanna acaba colaborando com um inspetor local, Daniel Lindskog (Kardo Razzazi, dos recentes Rheingold: O Roubo do Sucesso e O Abismo). Ele também lida com perrengues domésticos, por causa da filha recém-nascida.
Esse crime enigmático é resolvido nos três primeiros capítulos de Os Assassinatos de Åre. Os dois últimos episódios, que são ainda mais envolventes, têm como ponto partida a descoberta de uma cabeça enterrada na neve, perto de uma linha ferroviária. Cavoucando, Hanna e Daniel deparam com uma história cada vez mais sombria e perigosa.
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