Internado na quinta-feira passada no Hospital Moinhos de Vento, o ex-ministro Eliseu Padilha disse à coluna, por telefone, que teve alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e está bem:
— O doutor Artur de Azambuja Pereira Filho já me liberou para ir para o quarto.
Padilha contou que estava trabalhando em seu escritório quando sentiu forte dor de cabeça. Sua mulher, a advogada Simone Camargo, o levou direto para o hospital, onde foi submetido a cirurgia para estancar uma hemorragia cerebral superficial. O ex-ministro chegou a ir para o quarto, mas como estava com a imunidade baixa, por estar fazendo quimioterapia, retornou à UTI.
Por enquanto, as visitas estão restritas a familiares. Ainda não há previsão de alta. Padilha acredita que será liberado no próximo fim de semana. Está com pressa de voltar para casa e ficar com a filha Elena, de seis anos:
— Tenho um bom motivo para me cuidar.
As primeiras informações eram de que o ex-ministro tinha sofrido um acidente vascular cerebral (AVC), mas Padilha diz que não foi isso. No boletim médico assinado pelo intensivista Nilton Brandão, o Hospital Moinhos de Vento informa que "o paciente Eliseu Lemos Padilha passou por um procedimento cirúrgico e seu quadro é estável. No momento, ele está em fase de recuperação, com previsão de alta para o quarto".
Padilha vinha fazendo quimioterapia porque em 17 de janeiro deste ano precisou se submeter a um autotransplante de medula no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, para erradicar um mieloma múltiplo.
— Os médicos garantem que houve remissão total do mieloma, mas ainda não dá para saber se há relação direta entre uma coisa e outra — disse Padilha.
Os problemas de saúde do ex-ministro remontam a 2016, quando teve tontura e hipertensão, ficou vários dias afastado do Palácio do Planalto para uma série de exames e foi diagnosticado com "síndrome do desembarque", situação desencadeada pelas frequentes viagens de avião. Os sintomas são tontura, vertigens e a sensação de que o chão balança, mesmo quando se está em terra firme.
No final de fevereiro de 2017, depois de sofrer um problema de obstrução urinária, o então ministro tirou uma licença mais longa para realizar uma cirurgia de próstata no Hospital Moinhos de Vento, depois de receber o diagnóstico de hiperplasia benigna. Complicações pós-operatórias o obrigaram a permanecer mais tempo do que o esperado no hospital e ele só teve alta 10 dias depois.