O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
O empresário dono da X e da Tesla, Elon Musk, vai compor um dos núcleos mais próximos do gabinete do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O bilionário vai trabalhar em um novo órgão chamado de Departamento de Eficiência Governamental, mais conhecido pela sigla em inglês Doge.
Embora pouco se saiba sobre a responsabilidade desse cargo, Trump, ao anunciá-lo, disse que o objetivo é "desmantelar a burocracia governamental", além de impulsionar o que chama de "uma reforma estrutural em larga escala", incluindo o corte de gastos.
A relação entre o republicano e o empresário vem de anos. Em 2016, Musk participou do período de transição do governo Barack Obama para Trump. No início do governo republicano, o bilionário chegou a atuar junto ao republicano, porém deixou o grupo após discordar do presidente que decidiu sair do Acordo de Paris.
Em 2024, Musk teve presença constante durante a campanha, participando inclusive dos comícios, além de trânsito livre na sede da transição. Há a informação que o bilionário tenha gasto aproximadamente U$ 250 milhões durante a campanha.
No período de campanha, Musk sorteou US$ 1 milhão por dia entre eleitores dos Estados pêndulos, considerados essenciais para qualquer vitória americana. Na época, críticos e analistas chegaram a comparar o esquema a compra de votos. No dia da eleição, esteve junto a Trump na apuração. Na posse, estava em lugar de destaque.
Ambições de Musk
Após a posse, Musk declarou que o novo órgão desempenhará a implementação de serviços de segurança tanto nas cidades americanas quanto nas fronteiras do país. Em outro momento, destacou a intenção de levar o Doge para Marte.
Entre as falas de Trump e Musk, serão três frentes de atuação: diminuir o orçamento dos EUA; revisar regulamentações federais; e reduzir o número de agências federais.