Na longa estrada temporal, de quase seis meses, desde que o dilúvio de maio cortou as ligações aéreas de Porto Alegre com o mundo, por razões profissionais passei a frequentar Florianópolis para além do verão.
O belo aeroporto da capital catarinense se tornou, durante esse período, meu porto seguro, a cada desembarque, vindo de coberturas jornalística no Exterior. Aprendi a me sentir em casa cada vez que a aeronave iniciava os procedimentos de pouso, substituindo, pela janela do avião, a visão da Ponte do Guaíba e da Arena pelo contorno de morros e praias de Florianópolis.
Funcional, moderno, o aeroporto da ilha foi escolhido, pelo terceiro ano consecutivo, o melhor do país.
Faço esse registro porque, nesses cinco meses em que ficamos apartados do mundo, o infortúnio só não foi maior graças a uma rede de apoio, que, na hora de celebrar o retorno do Salgado Filho, não devemos esquecer: além da hospitalidade do povo de Floripa e seu aeroporto, também vale destacar a competência dos militares da Base Aérea de Canoas, que transformaram uma unidade preparada para a guerra em um aeródromo civil. É importante ainda valorizar a solidariedade dos gestores do ParkShopping Canoas, no qual, por um bom tempo, os gaúchos emularam a sensação de alguma normalidade ao embarcar.
Obrigado! Não esqueceremos!