
Você já percebeu como agora temos cada dia mais opções para vender online? O que antes era só abrir uma loja virtual e impulsionar com mídia virou um jogo de marca, dados, tecnologia e... conexão humana.
E os números mostram isso claramente: de R$ 35 bilhões em 2016 para R$ 196 bilhões em 2023, e com previsão de chegar a R$ 224,7 bilhões em 2025, segundo o MDIC e a ABComm. Um salto de mais de 460%.
Na prática, o que vejo é que o e-commerce no Brasil está amadurecendo. Cresceu em volume, mas agora precisa crescer em inteligência. E é aí que entra um conceito que a cada dia mais profissionais de marketing, tecnologia e empreendedores vão ouvir cada vez mais: brandformance.
Na próxima semana acontece em Porto Alegre o FIND – Fórum do Mercado e Indústria Digital, um evento que vai colocar esse debate no centro da conversa: performance de vendas sozinha já não sustenta. Marcas precisam ser lembradas, não só clicadas.
O FIND será no dia 29 de abril, a partir das 8h, no campus Porto Alegre da Unisinos (Av. Dr. Nilo Peçanha, 1600 – Boa Vista). O evento é promovido pela AnaMid (Associação Nacional do Mercado e Indústria Digital) e vai reunir nomes como:
- Igor Coelho, fundador do Flow Podcast
- Rafael Kiso, fundador do mLabs
- Ivonei Pioner, presidente da Federação Varejista do RS
O objetivo é discutir tendências, ferramentas e estratégias para alavancar o mercado digital com base em conteúdo, comunidade e conversão.
As inscrições estão abertas pelo site: find.anamid.com.br.
Dados que dizem muito
Uma pesquisa recente da ABComm mostra que o setor faturou R$ 204,3 bilhões em 2024 e vai crescer mais 10% em 2025. Mas o que me chama atenção não é só o faturamento. É como as vendas pelas redes sociais estão ganhando espaço. Segundo a mesma fonte, elas devem representar um quarto de todo o e-commerce brasileiro até o ano que vem. E isso muda tudo.
Estamos falando de uma lógica em que o consumidor descobre o produto enquanto assiste a um vídeo, comenta, compartilha, e compra — sem nem sair do app. Isso está acontecendo no TikTok Shop, Instagram, e até no WhatsApp, que virou vitrine e caixa ao mesmo tempo.
Casos que mostram o caminho
- A Shein é um bom exemplo. Ela usa dados de comportamento em tempo real para decidir o que produzir — e isso virou diferencial.
- E o Magalu? Está construindo um ecossistema completo, com conteúdo (Canaltech), comunidade (influencers) e até serviços financeiros.
Isso tudo exige uma mentalidade mais ampla. Não dá mais pra separar quem cuida da marca e quem cuida do tráfego. Como disse a vice-presidente da AnaMid-RS, Lívia Mena Barreto Ribeiro:
— Não há mais espaço para separação entre branding e performance. O consumidor espera coerência e conexão em todos os pontos de contato.
Vender ficou mais técnico, mas também mais humano. O consumidor quer preço, sim — mas também quer propósito, história, relacionamento. Ele quer comprar de marcas que ele confia.
Por isso, eventos como o FIND são tão importantes. Reunir especialistas, creators e líderes de negócio é essencial para entender que vender não basta — é preciso construir significado.
O jogo do e-commerce mudou. E agora com tanta tecnologia à nossa disposição temos inúmeras novas opções para aproveitar.