
O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Sonho dos aficionados em tecnologia, a edição nacional da Campus Party ensaia aproximação com o Estado. Diretor do evento no país, Tonico Novaes, participou de live promovida pelo Lide-RS, na semana passada para tratar de uma eventual edição gaúcha desta que é considerada a maior experiência tecnológica do mundo.
O que é a Campus Party?
É a maior experiência tecnológica em internet das coisas, blockchain, cultura maker, educação e empreendedorismo do mundo. O evento conta hoje com mais de 550 mil campuseiros cadastrados em todo mundo, e já produziu edições em países como Espanha, Holanda, México, Alemanha, Reino Unido, Argentina, Panamá, El Salvador, Costa Rica, Colômbia e Equador.
Por aqui, como funciona?
Acontece há dez anos. Trata-se de um hub para comunidades de software livre, mulheres na ciência, programadores, eletrônica, robótica aplicada, focado em desenvolver soluções para o futuro. Soluções que fiquem de legado para sociedade. São jovens que se encontram em um ambiente de inovação, tecnologia e empreendedorismo e, a partir disso, criam startups e soluções tecnológicas com data tons ou ‘gameficadas’. Também existem parcerias com outros institutos, como o Cappra, que é do RS e hoje é o maior instituto de Big Data do mundo. Seu fundador, Ricardo Cappra já fez campanhas de Barack Obama e atua com o governo norte-americano. A gente trabalha com jovens de zero a cem anos que querem mudar o futuro e reescrever o código fonte. A campus é realizada anualmente em São Paulo, Brasília, Goiânia e temos negociação encaminhada no Nordeste. Já ocorreram edições na Bahia, no Rio Grande do Norte, em Pernambuco, Rondônia, Paraná, Minas Gerais. São quatro por ano.
E a edição gaúcha?
Ainda não tivemos a intenção confirmada. Os ‘campuseiros’ nos cobram muito por uma campus gaúcha, mas é como qualquer evento internacional. Quando o governo tem interesse manda uma carta de intenções. No Sul, o único local que teve uma campus weekend(versão reduzida) foi Pato Branco, no Paraná. Por isso, o Grupo de Líderes empresariais do Estado (Lide-RS) busca fazer uma interface parta trazer a campus ao RS. Continuamos nas tratativas para viabilizar as condições e o interesse dos setores público e privados no evento.