
Com a morte do papa Francisco, na última segunda-feira, a Igreja Católica dará início nas próximas semanas ao conclave, processo de escolha de seu novo líder. Os cardeais ficam confinados na Capela Sistina, dentro do Vaticano, para discutir os rumos da Igreja Católica e eleger o próximo Sumo Pontífice. Atualmente, 252 cardeais integram esse grupo. Deste montante, 135 cardeais com menos de 80 anos estão aptos a participar da eleição do novo papa, sendo sete brasileiros.
Se os cardeais entenderem que é hora de dar uma nova guinada geográfica e escolher um papa asiático, o cardeal filipino Luis Antonio Tagle, 67 anos, é considerado uma das opções mais viáveis.
"Francisco asiático"
Liberal, tem feito manifestações favoráveis à comunidade LGBT+ e aos divorciados. É visto como um nome capaz de dar continuidade ao legado mais progressista do argentino Jorge Bergoglio. Foi nomeado cardeal por Bento XVI em 2012. O cardeal filipino chegou a participar do conclave que escolheu o Papa Francisco, em 2013.
Tagle é conhecido por seu compromisso com a justiça social, o combate à pobreza e a defesa dos direitos humanos.
Assim como o papa argentino, ele está na vanguarda da defesa dos pobres, migrantes e marginalizados, a ponto de ganhar o apelido de "Francisco asiático".
Trajetória religiosa
Tagle ingressou no Seminário Interdiocesano de São José, em Manila, administrado pelos jesuítas. Na época, também estudou Filosofia, na Universidade Ateneo de Manila, e Teologia, na Escola de Teologia Loyola.
Tornou-se sacerdote em 1982. Em 1985, foi enviado para estudar Teologia Sistemática na Universidade Católica da América em Washington, nos Estados Unidos, onde também completou um doutorado em 1991. Em dezembro de 2001, foi ordenado bispo.
Em 2011, Tagle foi nomeado arcebispo de Manila e, em 2015, presidente da Caritas Internacional.
Em 2019, Francisco chamou Tagle para assumir como prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos em Roma. Em 2020, o Papa elevou Tagle à Ordem dos Bispos, indicando seu favoritismo.