A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

A chuva dos últimos dias causou o temido "acamamento" de lavouras de arroz pelo interior do Estado — quando as plantas tombam por força do vento ou pelo excesso de umidade. Com a mudança da paisagem nas propriedades, a preocupação, agora, é de que a produtividade da safra diminua na reta final da colheita. Conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), 79,2% dos 970,2 mil hectares já foram colhidos no Rio Grande do Sul.
— O acamamento faz com que se colha apenas metade do que se tinha para colher. O trabalho fica mais lento e a máquina não alcança todos os grãos — esclarece Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz).
Ainda que "não vá comprometer a safra", estimada em 8 milhões de toneladas, Velho pondera que, "nesses 20%, vai cair muito a produtividade".
— Isso preocupa porque os preços estão baixos. Praticamente nos tira o lucro que teríamos colhendo essa parcela final da safra — acrescenta o dirigente.
Conforme relatos recebidos pela Federarroz, o problema está localizado em diversas regiões gaúchas. A maioria, no entanto, se concentra na Central, onde produtores semearam parte da ára foram do plantio e já iriam ter uma produtividade menor.