O planejamento para o início da restauração do viaduto Otávio Rocha, localizado na Avenida Borges de Medeiros, sofreu alterações. Com isso, a obra vai demorar mais para começar.
Pela ideia anterior, na quinta-feira (13), os ocupantes de lojas do viaduto do Centro Histórico precisariam desocupar seus espaços. O próximo passo seria iniciar a reforma no dia 20.
Porém, os comerciantes pediram mais tempo para liberar as lojas. O prazo final atualizado é 15 de outubro.
Em reunião realizada na terça-feira (11), na Câmara de Vereadores, integrantes da Associação Representativa e Cultural dos Comerciantes do Viaduto Otávio Rocha informaram que não pretendem sair nesta data. Eles querem que os prazos sejam alterados até que todos os lojistas tenham local adequado para trabalhar.
Segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Smdet), a data de saída se mantém. Mas, a ordem de início das obras foi prorrogada. O assunto só voltará a ser discutido na próxima semana. A intenção, porém, é poder iniciar os serviços o mais breve possível. E a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura informa, por meio da Smdet, que, se precisar postergar para mais uma rodada de diálogo com os ocupantes, isso será feito.
Caso os lojistas não deixem os pontos de comércio do viaduto, o próximo passo a ser adotado será a prefeitura ingressar com ação de reintegração de posse, por meio da Procuradoria-Geral do Município. Se chegar a esse ponto, há riscos da obra não começar ainda em 2022.
O contrato com a empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia foi assinado em julho. A revitalização irá durar um ano e meio. O investimento na reforma será de R$ 13,7 milhões.
Todo o revestimento característico do viaduto – chamado de cirex - será substituído. Atualmente, as paredes do viaduto estão cobertas por pichação.
Além da recuperação da estrutura, estão previstas reformas nas as instalações elétricas, telefônicas, sistemas de segurança e iluminação pública. A obra também permitirá a reativação das escadarias internas do viaduto, hoje inacessíveis ao público.
A revitalização será executada com recursos recebidos da Corporação Andina de Fomento (CAF) para recuperar a orla do Guaíba. A última vez que o viaduto de 270 metros de extensão foi recuperado foi em 2001.