A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) está completando dez anos. Em 12 de junho de 2012, a Assembleia Legislativa aprovou a criação da estatal.
E o presente de aniversário não poderia ter sido pior. Uma operação policial realizada nesta terça-feira (14) só confirmou uma divergência que envolveu diretores e demais servidores ao longo de 2021.
A EGR surgiu para realizar a administração de rodovias estaduais até então nas mãos da iniciativa privada. Ao longo de 2014, os usuários das rodovias viram os valores das tarifas sendo reduzidos.
Com o passar do tempo, porém, usuários passaram a se queixar que a troca de gestão não resolveu o problema da conservação das rodovias. Até retrocedeu.
A partir do governo de José Ivo Sartori, entre 2014 e 2018, a extinção da autarquia chegou a ser discutida. Projetos para repassar estradas para a iniciativa privada começaram a ser realizados. Mas a extinção não saiu do papel.
Foi na atual gestão que a ideia ganhou peso. O então governador Eduardo Leite anunciou que a EGR deixaria de existir quando os três blocos de concessões de rodovias fossem leiloados.
Das rodovias administradas pela EGR, apenas a RS-287 mudou de gestor neste período. Em breve, novas estradas deixarão de ser responsabilidade da estatal.
Porém, dez estradas permanecerão sob gestão da empresa pública ao longo de 2023, ao contrário do que havia prometido Eduardo Leite em campanha na eleição de 2018.
O leilão de um bloco de rodovias do Vale do Taquari e do norte do Estado ocorrerá em setembro de 2022 e o contrato não conseguirá ser assinado até o final deste ano. Já a publicação do edital envolvendo estradas da Região Metropolitana, Litoral Norte e Hortênsias (Gramado e Canela) foi adiada para que o governo avalie a situação da RS-118.
O anúncio foi feito por Ranolfo Vieira Júnior. Como o governador já informou que não irá concorrer nas próximas eleições, caberá ao candidato eleito definir qual será o papel da EGR a partir de 2023