A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Mais do que uma retomada da atividade após a enchente, a abertura da colheita de noz pecan em Glorinha, na Região Metropolitana, marcou a recuperação da produção do fruto no Estado. A projeção do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) é de que o volume alcance entre 4,5 mil e 5 mil toneladas — um pouco abaixo do potencial esperado, de 7 mil toneladas, mas, ainda assim, acima do resultado de 2024.
Essa é a percepção do presidente do IBPecan, Claiton Wallauer:
— Há crescimento natural (da atividade), mesmo depois de um ano desafiador como 2024, pela queda da produção, pela enchente. O otimismo está de volta ao campo.
A safra só não foi melhor neste ano, lembra Wallauer, em razão da estiagem. A noz pecan precisa de bastante água no período entre janeiro e fevereiro — bem quando o tempo estava seco. Já a colheita em 2024 registrou uma quebra de 80% em razão da catástrofe climática.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor entre os Estados brasileiros de noz pecan, com 90% do total colhido no país. São sete mil hectares cultivados no território gaúcho, dos quais 6 mil em produção. E cerca de 1,6 mil famílias envolvidas no cultivo.