A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Quando o assunto é o desafio de crescimento sustentável no agro, para o produtor Ivonei Librelotto não tem mistério: "é fazer o feijão com arroz" bem feito. Ele se refere à adoção de um manejo que considera simples: o da integração lavoura- pecuária.
Na sua propriedade, em Boa Vista das Missões, no norte do RS, é a combinação de lavouras de milho, soja e trigo com a criação de bovinos de corte que resulta em uma colheita sustentável — e sustentável, por mitigar emissões.
— Criamos 450 cabeças de gado no ano passado. Se replicássemos isso apra todo o Rio Grande do Sul, considerando a área utilizada, nós teríamos 60 milhões de cabeças. Hoje, o Estado tem 14 milhões — compara, referindo-se à eficiência.

Participante do Campo em Debate na 25ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, nesta terça-feira (11), que tratou sobre esse assunto que será pauta da Assembleia Legislativa durante o ano, Librelotto, no entanto, entende que a lição de casa não é só do produtor:
— A culpa nem sempre é da seca. Nós temos que ter um plano de Estado para o Rio Grande do Sul.
Também participaram do evento Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Darci Hartmann, presidente do Sistema Ocergs/Sescoop-RS, Pepe Vargas, presidente da Assembleia Legislativa, e Márcia Capellari, presidente-executiva do Instituto Aliança Empresarial.