A onda de calor que persiste no Estado, e multiplica prejuízos nas culturas de verão, exige também o reforço na proteção do produtor rural. Em plena safra e com uma "indústria a céu aberto", é preciso ampliar a dose de prevenção. Chapéu, blusa de manga longa, protetor solar e muita hidratação são itens essenciais para quem trabalha nesse período nas lavouras.
— Aconselhamos também a cuidar com o horário, evitando entre 10h e 15h. Mesmo nesses dias de calor, existem produções que precisam ser colhidas, como a uva, por exemplo — observa Jaciara Muller, secretária-geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS), responsável pela área da Saúde na entidade.
Desde 2013, uma lei estadual também instituiu o programa Saúde na Pele, que prevê, entre outras ações, a distribuição de protetor solar para produtores familiares. A gestão é feita pela Secretaria Estadual de Saúde.
Jaciara destaca que houve uma "virada de chave" com o programa no sentido de conscientização de busca pela proteção:
— O sol pode trazer danos irreversíveis para a pele da gente. Precisa do cuidado diário.
O Saúde na Pele prevê acesso a três frascos de protetor solar por ano. O primeiro passo para interessados é ir ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais e fazer a pré-inscrição, que é encaminhada às secretarias municipais de saúde.