A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Empresa da JBS, a Seara fechou 2024 com uma "marca" a mais no seu portfólio de produtos, que vão da salsicha ao hambúrguer. A de que 72% dos produtores integrados no Rio Grande do Sul abastecem pelo menos parte das suas granjas com energia solar.
Na avaliação da própria Seara, a maior aderência à tecnologia nos últimos tempos tem a ver com pelo menos dois fatores. O primeiro, pela maior automação dos aviários, o que fez com que a energia elétrica passasse a ser fundamental na formação de custo dos produtores. E o segundo, pela própria empresa, que estimula práticas como essas a partir de um checklist que busca reconhecer boas práticas de produção entre os integrados.
Foi essa combinação de fatores que estimulou o gaúcho Juliano Menegon a investir na energia renovável. Conforme o produtor integrado da Seara, o investimento gera uma economia de 50% no gasto mensal com energia na sua propriedade, localizada em Gramado dos Loureiros, no norte do Estado. Por isso, quanto a valer ou não à pena, ele diz: "Não precisa nem fazer as contas".
— Com a economia gerada pagamos o financiamento de todo o sistema, que tem prazo de seis anos, e ainda abatemos uma parcela considerável da nossa conta com a fornecedora — detalha Menegon.
Assim como no Rio Grande do Sul, o cenário nacional é semelhante: 70% das granjas utilizam energia solar em suas granjas. Cinco anos antes, esse número era de aproximadamente 5,6%. Para se ter uma ideia do tamanho da produção de energia solar por essas propriedades no país, em um único ano, se gerou 205.182.885,60 kWh. A quantidade é suficiente para abastecer uma cidade com aproximadamente 90 mil habitantes por um ano.