Para que o único foco confirmado da doença de Newcastle em ave no Rio Grande do Sul se mantenha como caso isolado, o serviço veterinário oficial segue à risca o protocolo de contingência. Neste momento, oito barreiras estão montadas e 274 propriedades rurais, em um raio de até 10 quilômetros, foram vistoriadas por um time que inclui 60 servidores do quadro da Secretaria Estadual de Agricultura e um time da Brigada Militar.
Outra ação de grande importância, a desinfecção do estabelecimento onde houve o registro, poderá ser concluída nesta terça-feira (23). É a partir do término dessa medida que se começa a contar o prazo para que a autossuspensão determinada pelo Brasil às exportações possa ser levantada — 21 dias sem nenhum outro registro.
— São várias etapas (de desinfecção). Os 21 dias contam a partir da desinfecção da granja — explica Francisco Lopes, diretor-adjunto do Departamento de Defesa e Vigilância Sanitária Animal da secretaria.
Nas barreiras instaladas, que funcionam 24h por dia, é feita a desinfecção de veículos "alvo" (que transportam carga viva, leite, ração ou cama de aviário). Também é feita a indicação de desvio (de rota) da área perifocal.
As vistorias ocorrem em dois perímetros, indo até 10 quilômetros de distância do foco confirmado, onde estão 870 propriedades. Lopes explica que os 75 que ficam em um raio de até três três quilômetros foram todos verificados. Outros 199 ficam entre três e 10 quilômetros de distância. No domingo, o Ministério da Agricultura informou que outras amostras, de três propriedades, enviadas para análise deram negativo.
— Isso corrobora a tese de que se trata de um caso isolado — pontua o diretor-adjunto da secretaria.