A confirmação de que uma comitiva do governo federal fará nova visita ao Rio Grande do Sul na próxima semana reforça a expectativa de um olhar minucioso para as necessidades de produtores afetados pelas cheias. Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, é um dos nomes escalados para a missão. Ele próprio, em reunião realizada em Brasília com representantes do Estado, havia sinalizado que viria ver de perto os estragos no meio rural. A previsão inicial era de que a visita seria nesta semana. Ficou para a próxima.
Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, a presença é importante, "mas precisa vir acompanhada de anúncios":
— A situação requer urgência, estamos falando de pessoas que estão vivendo uma calamidade.
A presença do ministro é um ponto de partida para que se avalie a lista de sete medidas solicitadas por representantes de produtores e construída em encontro da Frente Agropecuária Gaúcha. No pedido de anistia para agricultores sem seguro rural ou Proagro, Teixeira mostrou possibilidade de viabilização, caso a caso. Mas indicou que, antes, seria necessário fazer a verificação nos locais afetados.
Mais do que confortar produtores que tiveram todo tipo de perdas — que, definitivamente, é importante e simbólico –, espera-se da comitiva que virá ao Estado na próxima quarta-feira (27) celeridade nas ações voltadas a esse público. Porque a preocupação cresce à medida que os boletos de financiamentos se aproximam do vencimento e, em muitas propriedades, o que restou foi apenas entulho.