Na última quinta-feira (14), transcorreu o quinto aniversário do desmoronamento moral de uma sagrada instituição republicana do país. Corroído ao longo de duas décadas pela indicação de ministros que se veem como atores políticos, alguns deles inebriados de soberba e presunção, o Supremo Tribunal Federal decidiu abandonar a condição de árbitro imparcial das grandes contendas do país e avocar a si poderes que o povo e a Constituição não lhes deram. O ato inaugural da impostura se deu em 14 de março de 2019, quando o então presidente do STF, Dias Toffoli, abriu o “Inquérito das Fake News” e entregou a condução ao ministro Alexandre de Moraes. Nada, naquela decisão, seguiu o rito legal e constitucional, e o monstrengo jurídico-político que saiu das entranhas do autoritarismo de toga condenou o Brasil a um regime de força que está sendo denunciado no Exterior e particularmente nos Estados Unidos pelas vítimas – que não são poucas.
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Até quando?
14 de março de 2024. Cinco anos de opressão e de um silêncio cemiterial. Até quando?
Eugênio Esber