Os investigados reclamam, é claro. Mas só depois. Antes, quando seus inimigos sofriam as consequências, não viam nada contra.
O fato é: sem a delação premiada, não haveria Operação Lava-Jato. Não haveria poderosos presos. Políticos de vários partidos, empresários.
Por isso, reina grande expectativa no esporte brasileiro. Carlos Arthur Nuzman, suspenso do comando do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), está em cana. Ocultou 16 quilos em barra de ouro na Suíça.
Primeiro, falou que só tinha o ouro encontrado na cada dele, quando da busca e apreensão. Depois, retificou a declaração de renda informando a verdade. O MP do Rio de Janeiro entendeu que era obstrução de justiça. É acusado de intermediar a compra de votos para o Rio sediar os Jogos de 2016.
Carlos Arthur Nuzman está com 75 anos. Quanto tempo resistirá? Será ele a primeira delação no esporte? Se acontecer, quantos cairão com ele?
Que venha a primeira delação esportiva.