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De acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira, um antialérgico popular vendido sem receita em farmácias e usado para aliviar tosse, espirro e secreções nasais, também pode tratar a hepatite C, infecção crônica do fígado.
O barato anti-histamínico, chamado clorociclizina HCI, contrasta com os recentes tratamentos antivirais que prometem curar a hepatite C a um custo de pelo menos 8 mil dólares (cerca de R$ 24 mil) para quatro meses de tratamento.
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Cerca de 185 milhões de pessoas no mundo sofrem de hepatite C, doença que pode levar ao câncer e à cirrose hepática. Levando em consideração esse dado, a ideia de utilizar a clorociclizina HCI para outros fins dá esperança, principalmente, aos doentes da Ásia e da África, continentes onde a doença é endêmica.
Pesquisadores analisaram uma série de medicamentos já aprovados pela FDA (agência norte-americana que regula os medicamentos) para buscar entre eles candidatos que poderiam ser úteis na luta contra a hepatite C. O estudo, publicado na revista Science Translational Medicine, descobriu que a clorociclizina HCl, aprovada há cinco décadas, bloqueia a infecção de hepatite C porque impede que o vírus entre nas células do fígado humano.
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Experimentos com ratos que tinham células humanas mostraram que a droga pode bloquear o vírus e não gerar resistência, problema comum no tratamento da hepatite C. O antialérgico também trabalhou bem em conjunto com outras drogas contra a hepatite C, tornando-as mais eficazes.
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Também conhecido como CCZ, o medicamento já provou ser seguro para seres humanos e em breve, pesquisadores pretendem iniciar estudos clínicos para testar como funciona antialérgico contra a hepatite C em humanos. A pesquisa afirma que o baixo preço e a estrutura simples do medicamento o tornam um candidato promissor para reutilizar a droga e desenvolvê-la como um agente eficaz e acessível no tratamento da infecção pelo vírus da hepatite C.
- As pessoas não devem tomar CCZ para tratar a hepatite C até que tenha sido provado que medicamento pode ser utilizado com segurança e eficácia com este propósito - explicou o autor do estudo, Jake Liang, pesquisador do Instituto Nacional de Doenças Diabéticas, Digestivas e Renais do Instituto Norte-americano de Saúde (NIH).