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Os jornalistas Henrique Ternus e Paulo Egídio colaboram com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
No discurso que proferiu da tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (11), o governador Eduardo Leite reconheceu as dificuldades estruturais nas escolas estaduais, mas atribuiu os problemas ao passivo herdado de gestões anteriores.
Leite, que elegeu a educação como prioridade para o segundo mandato, admitiu que as condições atuais das escolas estão longe do ideal.
— A falta de investimentos em reformas nos antigos prédios das escolas gaúchas ao longo das últimas décadas nos faz estarmos ainda distantes de termos todas as unidades nas condições que sonhamos para bem acolher nossos estudantes e nossos servidores da educação — afirmou , frisando que o governo repassou R$ 180 milhões aos diretores durante o recesso escolar.
A despeito dos percalços, Leite prometeu que 2025 será "um ano histórico" para a educação, com a previsão de que o tempo integral chegue a 296 instituições de Ensino Médio — mais que o dobro na comparação com o início da gestão.
Leite compareceu ao Legislativo para apresentar sua mensagem anual, ato que ocorre sempre na volta do recesso parlamentar. Nos 17 minutos na tribuna, Leite se ateve ao protocolo e leu praticamente todo o discurso, reforçando as realizações do governo estadual até aqui e destacando os investimentos e ações que estarão no foco do Piratini para 2025.
Em um dos trechos, ressaltou que o Estado alcançou no ano passado seu maior índice de investimentos em 25 anos, equivalente a 10,7% da receita corrente líquida, informação que havia sido antecipada pela coluna no dia anterior.
Leite ainda apresentou aos deputados números positivos e ações do governo na saúde, segurança pública e agronegócio e agradeceu aos deputados pela aprovação do Plano Rio Grande, que concentra os projetos de reconstrução do Estado após a enchente de 2024.
Críticas da oposição
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Durante a fala de Leite, deputados do PT ergueram placas provocativas com os dizeres "obrigado Lula pelos R$ 100 bi", em referência ao montante destinado pelo governo federal para a reconstrução do RS.
— Alguns quererão dizer que essa capacidade (de investimentos) vem da suspensão do pagamento das parcelas da dívida à União, o que foi, de fato importante, e pelo que sabemos ser gratos. Mas não deixemos de lembrar que há poucos anos o Estado também tinha obtido suspensão, por liminar, dos pagamentos da dívida e, nem por isso foi capaz de fazer investimentos naquele período — afirmou o governador no discurso.
A deputada Bruna Rodrigues (PCdoB) foi mais direta e exibiu cartaz ao governador com críticas à situação das escolas estaduais. "Governador, na escola não tem ar nem ventilador", dizia a mensagem.