A ideia era sair de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, para cursar mestrado em Zootecnia em Porto Alegre. Mas a pandemia trouxe empecilhos ao agroecólogo Carlo Guiehl, 29 anos. Após viver em uma Capital acelerada, distante da família, pressionado pelos estudos, isolado em casa e ansioso por causa das mortes por covid-19 e da falta de vacina, foi tomado por uma falta de perspectiva. A angústia se transformou, aos poucos, em depressão. Em busca de melhora, voltou a morar com a mãe no Interior. A mudança no quadro surgiu quando Carlo começou acompanhamento psicológico. Hoje, ele vive com a namorada e trabalha como auxiliar de produção na indústria fumageira. É um duplo sobrevivente: além de lutar contra a depressão, perdeu o pai, um plantador de tabaco, para o suicídio, 10 anos atrás.
Piora nos números
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Ao longo dos últimos dois anos, especialistas alertaram que o mundo viveria uma onda de problemas de saúde mental. A expectativa se concretizou
Marcel Hartmann
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