Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) revelaram que condições de saúde, nutrição e atendimento pré natal são mais relevantes para o desenvolvimento do bebê no útero materno do que características étnicas ou genéticas. A análise final de dados faz parte de um estudo mundial coordenado pela Universidade de Oxford e foi publicada na revista científica The Lancet.
Mais de 300 pesquisadores de 27 instituições elaboraram as primeiras curvas de crescimento internacionais que podem diagnosticar situações de risco nutricional em bebês durante a gestação. Os epidemiologistas da UFPel, Fernando Barros e Cesar Victora, são responsáveis pela condução do núcleo latino-americano do estudo, que teve Pelotas como a cidade escolhida.
Além do Brasil, o estudo envolveu aproximadamente 60 mil gestantes, ao longo de cinco anos, em outros sete países: China (Shunyi), Índia (Nagpur), Itália (Turim), Quênia (Parklands), Omã (Mascate), Grã-Bretanha (Oxford Shire) e EUA (King).