Que a barreira vai virar baile, todo mundo já sabe. Agora, mais precisamente no próximo sábado, é o Planeta Atlântida que vai entrar na vibe do baile. Isso porque Kevin O Chris e Livinho chegam com o Baile do Planeta no palco principal do festival, um show totalmente dedicado ao funk. E quem vai comandar essa festa é um nome conhecido das ondas da Rádio Atlântida: Ariel B.
DJ, produtor musical e comunicador, Ariel começou sua trajetória no Grupo RBS. Hoje, ele comanda o Play nas Brabas, o maior programa de funk do sul do Brasil, transmitido pela Atlântida. Mas o currículo vai além: o cara já participou de festivais e eventos de peso, incluindo três edições do Planeta Atlântida, shows no Camarote Allegria da Marquês de Sapucaí, no Rodeio de Jaguariúna e no projeto Tardezinha.
Fora do Brasil, realizou uma turnê pelos Estados Unidos e Canadá, apresentando seu som e registrando tudo em vlogs no canal no YouTube.
Além da música, Ariel tem formação em Publicidade pela ESPM e especializações pela New York Film Academy e pelo SXSW. Atualmente, ele lidera a Comunidade Funk Brasil, uma plataforma exclusiva para DJs e produtores trocarem experiências e se conectarem com o mercado, reunindo mais de 300 membros.
Nesta entrevista, o artista compartilha os desafios de levar o funk a grandes palcos e como tem usado sua experiência para abrir portas para novos talentos no cenário musical.
Você começou sua trajetória na rádio. Como essa experiência influenciou sua visão sobre o funk e a maneira como você se conecta com o público hoje?
Totalmente. Começar pela RBS foi uma grande escola, onde conheci muitos artistas e vi a forma como queria me posicionar. Foi através da rádio que tive meu primeiro contato com a música, ainda na infância. Trabalhando na Atlântida, aprendi a conversar com as pessoas. Eu era muito tímido, e a rádio me ensinou a interagir com o público, me posicionar, falar com a galera, entrevistar. Quando virei artista, já tinha essa facilidade de conversar com o público e de interagir nos palcos.
Como é levar o funk brasileiro para palcos internacionais e como o público estrangeiro reage ao gênero?
Foi muito legal. No ano passado, fiz uma mini-turnê pelos Estados Unidos e Canadá. As festas lá são incríveis, porque, além de ter muitos brasileiros, também havia muitos estrangeiros. Eu consegui fazer um set que agradou a todos. Misturei hits do pop com funk e também levei funks originais do Brasil. No meu show, gosto de fazer essa mistura: músicas internacionais em versão funk, além de funks com eletrônica. Isso cria uma conexão com o público internacional, e funcionou muito bem.
De que forma funciona a Comunidade Funk Brasil e qual a importância para a cena musical?
Ela foi lançada recentemente como uma plataforma que criei para levar conhecimento e networking para DJs de todo o Brasil, e quem sabe, um dia, até para DJs de fora. É um site onde qualquer DJ pode se cadastrar. Dentro da plataforma, é possível trocar ideias, conhecer DJs de outras regiões, criar projetos, colaborações e até fazer músicas juntos. Além disso, dá para trocar datas para apresentações. A ideia da comunidade é essa: conectar e expandir.
Como foram as suas experiências até hoje no Planeta Atlântida ?
Minha primeira apresentação no Planeta foi em 2020, no Palco Beach, onde também ajudei na curadoria dos DJs. Em 2023, fiz o retorno do Planeta, no palco principal, e teve a participação da Tília, filha do Dennis DJ, no meu show.
Em 2024, fiz a apresentação com a Vivi (Wanderley, influenciadora e cantora de São Paulo), que também se apresentou no meu show. Agora, vou para a quarta apresentação, no palco principal. A emoção é imensa! Essa conexão é muito especial, porque, além de ter me criado dentro da Atlântida, o festival me reconhece como artista e me posiciona ao lado de grandes nomes, como Livinho e Kevin o Chris, em um evento de magnitude tão grande. É o Planeta Atlântida, um marco para todos nós.
Você já trabalhou com Livinho e Kevin o Chris?
Em julho do ano passado, fiz uma festa chamada B de Baile, minha festa autoral em Porto Alegre, na Casa NTX. Bateu recorde de público, com 2,6 mil pessoas, e trouxe o Kevin o Chris para a festa. Foi a nossa primeira conexão, com ele participando do meu show. Já nos encontramos em outros festivais, em várias edições de festas, cruzeiros e eventos por todo o Brasil.
Com Livinho, nos apresentamos uma vez em São Paulo, mas foi algo mais rápido. Agora, quero aproveitar o Planeta Atlântida para fortalecer essa conexão com Livinho e outros artistas. O Kevin já tem uma proximidade comigo nas redes sociais, onde trocamos ideias e mensagens. Estamos preparando várias surpresas para o show.
Com quem ainda sonha em tocar?
Sou muito fã do Alok e do Dennis DJ. São artistas que acompanho, me inspiro e gosto muito. Já tive a honra de tocar com eles e dividir palco: o Dennis já entrou no meu show e eu já abri show do Alok, toquei depois dele e até participei de um show no Texas com o Alok. Então, já conheci meus ídolos, mas meu sonho de verdade é fazer uma música com o Alok, um feat. Também gostaria muito de colaborar com a Anitta. Nunca toquei diretamente com ela, mas seria uma experiência incrível.
Quais projetos estão previstos para 2025?
Estou preparando um reggaeton com um artista brasileiro, que está trabalhando dentro desse ritmo. Vai ser uma música com uma mistura de reggaeton e funk, bem no clima de verão. Essa música já está pronta e será lançada em breve. Também estou trabalhando em minha última música, Bebida Rosa, em parceria com uma bebida chamada Balena. Tenho várias músicas em composição, algumas com minha voz cantando, e estou produzindo bastante coisa. 2025 promete!